Confesso que me causa alguma aversão o pudor ao estereótipo. Estereotipar é um passo antropológico importante, na longa caminhada evolutiva do homem (e, se quisermos ser sinceros, sobretudo da mulher). Generalizar e agrupar é fundamental à vida em sociedade, o padrão é a norma que determina a sanidade mental e a coesão grupal. Identificar características, agrupar, ordenar, seleccionar, excluir, é mecanismo natural, próprio e vital. Porque investir tanta energia no não esteriótipo, na não generalização, quando o facto é tão natural como o respirar. Meus amigos, a verdade crua é que NÃO SOMOS TODOS IGUAIS. Atrevo-me a dizer que uns são verdadeiramente piores ou melhores do que os outros. É pela diferença, não apenas pela sua existência, mas sobretudo pelo significado que a ela atribuímos, que concretizamos o sentimento de pertença, do que é próprio e não próprio, uma necessidade humana básica. Podemos gastar todo o tempo útil da nossa vida a especular o motivo do meu quinhão de (in) felicidade é diferente do outro, mas desejável é fazermos o melhor com o que temos e, paradoxalmente a todo este meu discurso, tender a acção para a utopia de nos tornarmos todos iguais, estender a mão ao outro, oscilar entre o impulso solidário e a íntima certeza que o outro não é como nós, nunca será bem parte de nós, porque o outro é o OUTRO. A menos que se trate da alma gémea, se for esse o caso esqueçam tudo o que disse!
Viva o estériótipo, mas não digam nada a ninguém!
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