domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Tédio

Já Fernando Pessoa falava deste tédio de si. Tédio de mim é que me convulsiona de momento. Tédio de viver, de respirar, tédio que por vezes é angústia que me sufoca. Numa vida de automatismos, pensar é a verdadeira maravilha, o íntimo prazer, a alegria estéril e pontual. Que solidão, Deus meu!
A insanidade revestida de hipocrisia social é o meu lema (auto?) imposto.

Cada um só pode ser ele mesmo, inteiramente, apenas pelo tempo em que estiver sozinho. Quem, portanto, não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre.

Arthur Schopenhauer

3 comentários:

  1. Concordo totalmente!
    Assino por baixo

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  2. Três dias de tédio

    Três dias passaram no maior tédio. aquele tédio que se sente quando a vida fugaz, acelerada e vertiginosa cessa por instantes e de forma abrupta. Sinto o corpo pesado, inchado, morto por dentro. É uma astenia prelongada, um prazer que deixa de ser prazer pela vondade inútil de fazer pois nada pode nesta incapidade de fazer. As costas doem, cansadas e tensas pela sobrecarga imensa de longas semanas. Estou deitado, nada deleitado sobre as contraturas enormes, toca o telefone, de repente surge um novo despertar e este tédio interminável será em breve imensamente desejado.

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  3. já viste o paradoxo? Um tédio imensamente desejado, é mesmo assim, por vezes. O tédio pode ser dolorosamente confortável.

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