Descrevo o caminho de perfeição: levantar-me com o firme propósito de amar tudo e todos, sufocar ressentimentos e pequenezes com este amor. Orientar a acção num trabalho diligente, em todos os planos. Encaminhar os naturais anseios, desejos e sonhos com a esperança: esperar e perseverar. Por fim, responder às incompreensões, invejas e humilhações com o perdão, de mim para os outros e de mim para mim.
Verdadeiro, mas envolto de camadas e camadas de humanismo imperfeito. Imperfeitos somos, mas perfeitos na génese. Tendemos para o início, num movimento circular, em que se progride numa linha de retrocesso. Esta é a minha verdade, que prefiro à felicidade. Como dizia Caeiro, "e é difícil explicar a alguém o quanto isso me alegra, e o quanto isso me basta".
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