Recuso-me, recuso-me a acreditar que o Amor dos livros não existe. Não o amor à primeira vista, porque é de facto uma doença raríssima que quase passou a lenda. Quero antes acreditar que existe um Amor forte, que faz doer sempre e muito. Um Amor que tem tanto de sofrimento como de felicidade, cujo único fio condutor é a intensidade. Porquê, porquê me contentar com o hábito, o companheirismo, a relação "dá jeito e não faz mossa"? Talvez daqui a uns anos esse seja o horizonte possível, com a sede de intempérie saciada para sempre. Mas nesta moratória, exercito a esperança e iludo a descrença...
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ResponderEliminarO amor tem de doer e muito? Porque?
ResponderEliminarTemos de sofrer tanto como temos de felicidade?
Certamente há muitos amores assim! Mas quanto tempo duram? é suposto durarem?
Sabemos que no amor, a matemática não funciona. A soma de dois contrários não é necessariamente zero...uma nulidade...mas assim...dá negativo.
Um dia de sol, é mais bonito, mais harmonioso do que um dia de intempérie...
Um amor sofrido como o que deseja, é de certa maneira doentio.
Eu compreendo o seu desejo, um amor forte, intenso, memorável...para uma vida...mas sofrer com a intensidade com que descreve é a única solução?
Não me interprete mal, obviamente que não tem, de todo, de ser assim. Existem tantas formas de amar, não tem sempre de doer.
ResponderEliminarO amor é sempre um pouco doentio, não isento de jogos de poder, de condicionalismos...já dizia o poeta que o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura:)
Quanto à durabilidade do amor...sabe que este estado de intensidade que anseio no amor é apenas transitório...porque o Amor é dinâmico e mutável...Nada no mundo permanece igual, tudo se transforma.
O poeta tem razão! :) Como Florbela Espanca (entre outros) tão bem descreve num dos seus poemas mais sublimes!
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