Ver claro em nós e ver como os outros nos veêm. Ver esta verdade frente a frente e não haver um naufrágio em culpas e remorsos. Experimentar o desejo, sem acreditar que ceder a ele é o conspurcar da elevação que se persegue. Ser elevado, é não sofrer com o que não podemos mudar: os outros e a natureza.
Ver, porque é este o sentido verdadeiro. Ver de cá dentro e não ter vergonha, nem ambições, nem ansiedades. Ver claro depois de um dia chuva, em que a terra se oferece timidamente ao sol.
Ver sem que a verdade fira tanto, que até cerramos os olhos com a soma de todos os cansaços, com a cegueira de quem não quer ver.
Ver honestamente sem delirar com verdade, sem mentir para evitar o sofrimento, ver que os alicerces são de barro e a casa que suportam é de pedra. Ver que tudo são destroços.
Ver tudo isto e rejubilar com a verdade. Ela é clara e é de pedra, bate mas não mata, antes liberta.
Ver honestamente sem delirar com verdade, sem mentir para evitar o sofrimento, ver que os alicerces são de barro e a casa que suportam é de pedra. Ver que tudo são destroços.
Ver tudo isto e rejubilar com a verdade. Ela é clara e é de pedra, bate mas não mata, antes liberta.
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É também preciso não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho que se poderia ver se a janela abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Muito bonito!!!
ResponderEliminarbeijokas!!!
Gostei muito deste texto. Simplesmente ver...sem filosofias ou ansiedades!
ResponderEliminarBeijinhos