Porque errar no ermo do mundo
No ermo de nós mesmos
No cimo de uma montanha
Cheio de si, com um pouco de nós
É imensamente humano.
Sou errante e, se me perguntam,
Não estou perdido.
Antes pareço só, vagabundo de mim
Permeio as minhas fronteiras,
tateando a minha sombra.
Porque a incerteza é rainha
De todos os possíveis e
Vencedora de todos os impossíveis.
É errando que sei que escapo
Por vezes, por muito ou
Por pouco tempo
Ao mundo e à certeza das
Coisas iguais, assassinas da Alma.
Estou errante, num barco azul
A vela é de neblina espessa,
Transeunte de mar imenso.
Capitão deste barco de sonhos,
Encontro-me mais além,
Depois do horizonte.
Onde é isso
Não sei, a errância é navegar sem nada saber.
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