domingo, 3 de fevereiro de 2013

Renascimento

Desnudo-me de intimidades,
Lentamente tombando
as roupagens do vício
das vaidades e de outras mentiras.

Descubro-me de surpresas,
sem frios de alma,
Apenas um desejo me move,
libertar-me.

Um peito nu se revela,
brutalmente vulnerável,
indecentemente fraco,
para que nele esgravatem
abutres e outros monstros.
Que não restem miudezas,
poeiras e areias,
que não reste mais morte em mim.

Um novo começo,
Uma pele limpa,
Translúcida, permeável,
Sem cor, sem cheiro, sem nome.

A palidez da vida que não tomou o sol dos dias.
A aspereza da pedra que não sofreu o vento ou a água.
A alegria de nada conhecer, de nada possuir, de nada temer.
Ou de temer tudo e tudo se ir descobrindo.

Ah, o entusiasmo, a inocência
De viver.







2 comentários:

  1. Lindo poema. Aguardo dias de sol e alegria para ti e também para mim... Beijinhos grandes

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  2. Aguardamos com esperança... Neste momento ainda não renasci. A imagem está mesmo adequada :) bjinhos

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