sábado, 1 de outubro de 2011

I wish, I wish

Desejar é natural e humano. O meu desejo, na maioria das vezes é terrivelmente humano e terreno e, como tal, egoísta. Desejava poder partlhar o meu mundo, mas não esvaziando o outro do seu mundo. A dúvida subsiste: como partilhar o somos sem anular o outro. Existe um outro com espaço, com o mesmo desejo, sem que estes colidam violentamente. Porque não posso ser simplesmente desprendida, volátil, sem vontades nem desejos, aspirar a elevação apenas e elevar-me nessa aspiração. Pairar, não viver.

Uma preciosidade do génio divinamente humano.

http://youtu.be/wYWv_NSBZQI

Há um tempo para todas as coisas sob o céu

Há de facto um tempo para todas as coisas que existem e subsistem nesta Terra. Desde o tempo que se desenrola no afã da formiga, até ao tempo compassado dos batimentos cardíacos. Dentro de cada coisa, dentro de cada segundo de vida, há um tempo único, irrepetível. Não poderei recuperar nunca aqueles momentos. Instantes que levam vidas a recuperar. O mais difícil de tudo, é encontrar a sincronia nos nossos tempos. Como encontrar alguém que vive o mesmo tempo, que o tempo da sua consciência  do seu coração, do seus desejos se encontre com o meu. Como experimentar um tempo único mas partilhado, onde tudo está certo, onde finalmente se regressa a casa. Esta é a tristeza do mundo, a frustração dos desencontros. Este é o motivo pelo qual voltamos a tentar, uma e outra vez, para a frente e para trás no continuum do nosso tempo, para encontrar o momento perfeito. E assim falhamos, uma e outra vez. E assim aprendemos, dolorosa e lentamente.